sábado, 28 de março de 2015

Pouca visibilidade








Nem precisaria estar afirmando isso, acho que por força do hábito de repetição acabo encompridando chavões mais por impulso do que por reflexão, mas se não nos permitirmos uns instantes impensados acabaremos por nos robotizar ainda mais nesta roda-viva que nos insere.

"Não tá fácil pra ninguém"... pior que a piada já deixou de ter graça.Agora ela vem acompanhada de acenos constritos, semblantes cabisbaixos, caretas desalentadas e tais.Num primeiro minuto a  gente se solidariza com quem falou ou mesmo conosco e nossos pensamentos em voz alta e não atenta pra extensão causada pelo efeito da frase dita.Há quem permaneça ouvindo o eco disto por horas, dias, meses e acumulando uma névoa densa e pesada sobre si que vai fechando os vãos de luminosidade que tentam dissipá-la sem sucesso e aí acaba se acostumando às brumas espessas sem conseguir ver uma pontinha de claridade que seja.

Todo mundo já sabe onde isso vai parar, se é que vai; a perigosa continuidade pode trancar as portas e jogar fora a chave do viver.Bem sei que há inúmeros textos, sites, livros sobre o assunto, às vezes focando nos sentimentos e nas emoções humanas frente aos fatos da vida, noutras detalhando este ou aquele fator destacado nas diferentes situações.O que realmente importa, a meu ver, é que todos tenham acesso à palavras reveladoras de propósitos edificantes, de apoio e esclarecimentos frente as dificuldades sentidas e vividas.Se somente as palavras escritas forem eficazes, ótimo.Se despertarem a curiosidade de buscar-se mais sobre elas, ótimo, também. Se mostrarem que não bastam e uma ajuda profissional é o indicado, excelente.O que não se pode permitir é que o acúmulo de sentimentos controversos e desoladores nos nublem a visão sobre as preciosidades da vida.

Na esteira desta reflexão#ficaadica duma publicação recente chamada: "Hapynness by Design",  Paul Dolan, conhecido como Professor Happy. Ele é professor de Ciência Comportamental na faculdade de Economia de Londres.A editora dele lançou três vídeos de apresentação sobre o tema central do livro: a medição da felicidade pessoal, suas causas, consequências e efeitos sobre o nosso comportamento.

A princípio o fato dele trabalhar em cima de conceitos da Economia me causou certa estranheza, para segundos depois me levar a destravar meus preconceitos contra a temática recomendando-o aqui, afinal, há muitas esferas de conhecimento dentro duma perspectiva do saber.Então, se alguém se interessar por ler o livro me conta se realmente a abordagem extrapolou as fronteiras das estatísticas frias e contribuiu para a observação qualitativa das emoções humanas.

" Nossa felicidade é feita de prazer e propósito e, isso depende do que nós elegemos como significativo ao longo da vida."
(Paul Dolan)


É pode ser, porque não? Fica aqui o benefício da dúvida.



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6 comentários:

  1. Calu, sempre nos fazendo pensar...

    Temos contato com pessoas que insistem em ficar com aquele urubu no ombro e uma nuvem preta na cabeça; Arre, que chatice! Gente que adora ser vítima ou sofrer, ainda que nem motivos tenha;

    Outro tipo são os que realmente tem uma depressão, aí sim, devem se tratar ou achar um meio de dela s livrar.

    E, voltando ao título do teu post, invisibilidade, logo minha mente foi para um fato recente, trágico, esse do co-piloto. Li num noticiário que faz pouco tempo ele disse para a ex namorada que em breve todos o conheceriam pelo nome. E agora conseguiu... Está morto,grande feito ele fez, além de matar inocentes!

    Assim, voltando ao teu tema, temos que tentar achar a felicidade em nossos dias, de um ou outro modo, sabendo que nem todos os dias serão coloridos ,com o sol nos sorrindo. teremos que enfrentar chuvas, trovoadas, tormentas de todos os lados( e quem vive em família sabe que chega de tooooodos os lados mesmo...)

    Se formos nos fixar nisso, morremos pelo menos 10 anos antes da hora. vamos achar nosso solzinho.Ele está dentro de nós e vem pra fora , mesmo no tempo ruim, se o soubermos bem tratar.

    Quanto ao livro,deve ser muito legal e temos mesmo que dar as nossas prioridades e significados à vida. O que gostamos ou não! O que somos obrigados a aturar ou não, e vamos ser felizes, por favor! E deixemos quem assim queira ser livres! Sem nuvens ,nem urubus,rs bjs, desculpa o jornal.meus dedos ficaram agitadinhos e não pararam mais de clicar...

    bjs, chica

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  2. Oi Calu, já vi alguns trabalhos dele, acho que ele mais analisa dados, uma abordagem um pouco superficial, mas é interessante para conhecer um pouquinho mais sobre o que faz as pessoas mais felizes.
    Bjs e ótimo final de semana

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  3. A Chica falou tudo. Fácil nada é, senão que graça teria? Mas não podemos nos ater às nuvens, esquecendo que por detrás delas sempre brilha o sol. Nesse meu momento, Calu, há dias negros, negros, por mais que o sol insista em brilhar, mas cada dia é um, e há os ensolarados, sim.
    Nunca li o autor, bom conhecê-lo. Mas, a realidade é que "cada um sabe onde seu sapato aperta", né? Só não podemos "coitadizar-nos", para o nosso próprio benefício. Bom domingo.

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  4. Boa noite Calu, um artigo como sempre muito bem escrito e atual e tal como a Chica também me veio à mente o piloto do avião que caiu aqui na Europa!
    A sociedade em geral anda doente pois muita pressão se abate sobre ela e em particular no mundo do trabalho, não querendo particularizar!
    As empresas querem o máximo lucro ao menor custo e depois acontecem situações como esta em que os funcionários deveriam ser sujeitos a análises médicas periódicas com regularidade!
    Por outro lado e voltando ao tema há na verdade muitas ofertas para ajudar, mas é necessário que as pessoas mostrem vontade e muitas vezes que tenham alguém que as possa encaminhar!
    Sobre o livro de Paul Dolan dado que é Prof numa Univ. de Economia e atentando na frase que citou, fico também com algumas dúvidas sobre se o livro não será mais direcionado para ajudar os alunos a lidar com a tal pressão que nos meios económico-financeiros é cada vez mais stressante! Mas se for mais além será ótimo para o bem de todos!
    Beijinhos e uma boa semana.
    Ailime

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  5. Olá, Boa tarde, Calu
    com os sentimentos negativos, surge a tendência para culpar os outros , e fazer deles os responsáveis pelas nossas próprias e a impressão de que não precisamos mudar, pois destrói o discernimento e a capacidade de avaliação racional das situações ... "a perigosa continuidade pode trancar as portas e jogar fora a chave do viver " pois menores serão as chances de resolver os problemas e conquistar os objetivos, inclusive a felicidade, e maiores as chances de nublar "a visão sobre as preciosidades da vida."...é o que penso, "afinal, há muitas esferas de conhecimento dentro duma perspectiva do saber."...agradeço pelo carinho, feliz continuação da semana, Feliz Páscoa,belos dias,beijos!

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  6. Amiga Calu:

    Vou-me ausentar por uns dias e por isso venho venho desejar uma Páscoa Feliz !
    Que seja uma época vivida com saúde, em família, com alegria e coragem para podermos enfrentar estes tempos difíceis sem perder a esperança.

    beijinho com carinho

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Teu comentário é o fractal que faltava neste mosaico.
Obrigada por tua presença querida!